A Quinta das Carvalhas é composta por várias pequenas parcelas, expostas em tons de mosaico, em que cada qual expressa o terroir da Quinta com a seu próprio caracter e identidade. Nestas parcelas encontramos as peças essenciais para a complexidade e singularidade dos vinhos que sustentam a gama da Quinta.
Cada parcela é vinificada individualmente, seja ela uma mistura de castas autóctones, seja uma parcela mono-varietal. Por vezes, somos surpreendidos pelo caracter excecional de uma colheita especifica, em que o vinho se diferencia e distancia dos lotes clássicos da Quinta. A vinha do Eirol é um desses casos.
Num lugar remoto da Quinta, a cerca de 360 metros de altitude, exposta a poente, este parcela de vinhas muito velha, instalada sobre tradicionais patamares suportados por muros centenários, reflete um lado muito fino e selvagem do Douro, através de um vinho elegante, mas de grande complexidade e expressão aromática.
Um vinho que se diferencia do habitual Douro pela sua cor granada e pouco concentrada. No nariz mostra-se muito fresco e expressivo, com nuances de frutos vermelhos e citrinos, que combinam harmoniosamente com notas vegetais e de ervas aromáticas. Na prova mostra-se amplo e muito sedutor, com sabores muito frescos e originais, sugerindo nuances de bosque e frutos silvestres, terminando muito intenso e persistente.
Após uma colheita manual de cariz cirúrgico, as uvas são transportadas até à adega em caixas de 20 kgs. Após passarem por uma criteriosa escolha manual, os cachos são direcionados para um pequeno balseiro de carvalho Francês em que apenas 30% dos cachos são desengaçados e esmagados. Segue-se a fermentação alcoólica a 24-26ºC, com um ligeiro “pisage” e remontagens feitas a balde de modo a procurar uma extração boa mas cuidada. Apos a fermentação alcoólica, o vinho termina a fermentação malolática e estagia em pipas e barricas usadas de carvalho francês.
Localizada a poente a uma cota de cerca de 380m na Quinta das Carvalhas, trata-se de uma parcela de vinhas muito velhas na qual, como já é habitual de se encontrar em parcelas centenárias, somos confrontados com uma enorme diversidade de castas autóctones que conferem a este vinho uma enorme complexidade e singularidade.
Parcela: Eirol
Casta: Mistura de Castas
Porta-enxerto: Rupestris du Lot
Área total: 1,2
Ano de plantação: Década de 1920
Sistematização: Vinha tradicional -Poda curta
Altitude: 310m a 350m
Exposição: Poente